quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Resenha para Comunicação e Expressão

Frankstein Punk: ele também quer ser feliz!
A saga de uma criatura pela felicidade

Por Roberta Santana

Frankstein Punk
Gênero: Animação
Tempo: 12 minutos
Ano: 1986
Co-Direção: Eliana Fonseca e Cao Hamburger
Co-Produção: Caos Produções Cinematográficas e Vertigo Produções


Produzido em 1986, Frankstein Punk é um curta-metragem, no estilo stop motion, que ganhou os prêmios no Festival de Gramado de Melhor Filme do Júri Popular (1987), Prêmio Especial do Júri (1987), Melhor Fotografia (1987) e Melhor Som (1987). Além de Melhor Curta (1987) no renomado New Directors New Films, dos Estados Unidos e no Festival Internacional de Cinema do Rio - FESTRIO, também como Melhor Curta (1986).

Parafraseando Mary Shelley (autora de Frankstein), os renomeados Cao Hamburguer e Eliana Fonseca dão luz ao Frankstein Punk. Uma criatura que nasce ao som de Singing In The Rain, como sendo o segredo da geração da vida, descoberto por Victor Frankstein no filme original.

Suas primeiras e únicas palavras I’m happy again, guia sua caminhada para além laboratório, onde inicia uma busca pela Felicidade De Novo, no melhor estilo “vai procurar sua turma”. Encontra no caminho, pessoas que não compreendem sua aparência e que não “curtem” o seu estilo punk.

Com uma crítica apurada, os diretores, deixam transparecer uma rusga da época em relação aos Punks, movimento esse que teve início nos 50 e até hoje perdura entre os jovens, que em sua maioria, é deliberadamente contrastante com a moda vigente e por vezes apresenta elementos contestadores ou ofensivos aos valores aceitos socialmente.

Podemos ver refletido nesse curta, as facetas do preconceito e o quando ele afeta a vida de uma pessoa rejeitada, não aceita pela sociedade. Além dessa necessidade de aceitação, que mesmo sendo penoso, é algo desejado por todos nós.

Frankstein Punk, durante sua jornada é atraído pela música de um carro em uma estrada, em uma sala de chá e até mesmo para uma loja de discos, mas não é bem recebido.

Após ter várias portas fechadas, encontra uma punk, alguém como ele, que sela o momento com um doce beijo.

No gênero Gene Kelly da sociedade alternativa, a criatura revive a clássica coreografia de Cantando na Chuva, sucesso de 1952.

Conheça esse mundo punk em Frankstein Punk, pelo site www.portacurtas.com.br e se delicie com essa busca incessante pela felicidade. Um anseio de qualquer ser humano, independente de cor, raça ou religião.

Estrutura da Resenha

O tipo do texto acima é o não-literário, pois abandona qualquer forma estética para abordagem do tema e tem caráter informativo e utiliza-se de uma linguagem denotativa.

É composta de norma padrão, se apropriando, em determinadas frases, de uma linguagem coloquial para melhor exemplificar determinados termos.

Essa resenha está direcionada para a Revista Bravo!, que tem por público-alvo classe A e B, homens e mulheres de 25 a 60 anos, com curso superior completo ou mais, para grupos tidos como cool.

Foi adotado um discurso polêmico, pois poderia receber críticas por e-mail ou cartas enviados à revista, que são conduzidos ou não à publicação.